terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Gerson Simões Monteiro - Texto do Programa CEERJ em Movimento e Dados Biográficos da Rádio Rio de Janeiro




Gerson Simões Monteiro

Texto do Programa CEERJ em Movimento e
Dados Biográficos da Rádio Rio de Janeiro


Boa viagem amigo ... .


Comunicamos o desencarne de Gerson Simões Monteiro na noite desta quarta-feira dia 07/12/2016.


Antes de desdobrarmos,em formato de biografia, a inequívoca contribuição de Gerson Simões Monteiro à divulgação doutrinária e ao Movimento Espírita ,como editora desta página oficial do CEERJ,quero compartilhar com vocês uma cena que certamente traduz a singeleza e ao mesmo tempo a magnitude deste grande seareiro em prol da Unificação e da própria Doutrina Espírita.


Como jornalista e responsável pela roteirização do programa CEERJ em Movimento, certa tarde procurei o companheiro Gérson na Rádio Rio de Janeiro.


Minha intenção era colher dele, informações preciosas de como havia se dado o processo de fusão entre a FEERJ e a USEERJ,resultando na atual federativa do Estado do Rio de Janeiro - CEERJ.


Nada melhor que conversar com uma " fonte" que participou do fato,ou melhor,que foi um dos principais protagonistas para que a história acontecesse !
Gérson me recebeu cordialmente em sua sala de trabalho e quando expus a ele o motivo do meu contato , ele se alegrou. Ficou feliz em saber que faríamos um programa de resgate histórico de momento tão significativo para o engrandecimento da Unificação do Movimento Espírita do Rio de Janeiro.


Rapidamente, qual um menino diante da perspectiva de uma travessura,me conduziu a uma saleta.

Abriu cuidadosamente um arquivo,onde guardava com muito zelo e carinho, fragmentos de jornais,revistas, fotos e crônicas. 

Me disse: 


" Chris,faço questão de preservar estas memórias. Você levará como conteúdo para roteirizar o seu programa um jornal da época que guardei. " 
Resguardar a memória e os fatos do passado é assegurar em experiência e conhecimento,um bom legado para o futuro".


Estes ensinamentos me tocaram profundamente o coração.


Gerson Simões Monteiro, dedicado colaborador do Movimento Espírita Brasileiro, foi autor de significativas mudanças positivas para o Movimento Espírita do Rio de Janeiro e do Brasil, e ao mesmo tempo,era, ele próprio guardião das memórias que entregam às nossas lembranças o avanço inconteste da Doutrina de amor e caridade em Terras de Ismael.


O Espiritismo no Brasil já é um campo arado. 


E o amigo Gérson Simões Monteiro, que nos deixará imensa saudade,sem sombra de dúvidas se qualificou como um grande semeador.


Que seu retorno à Patria Espiritual seja repleto de bençãos e em preito de gratidão , reproduzimos aqui um trecho do roteiro que me ajudou a construir.


LEGADO UNIFICADOR NO RIO DE JANEIRO/Texto do Programa CEERJ em Movimento.

*

Locutor : 

Com a República, mostrava-se o amadurecimento de uma dinâmica espiritual favorável a profundas transições sociais e políticas . 


O momento reclamava ação renovadora . 


Em 15 de novembro de 1889, mais precisamente, chancelava-se a aurora de novos tempos ... .


O tempo era de mudanças , de novos sistemas , e competia a Espiritualidade Maior conservar e desenvolver , os bons frutos , advindos dos novos tempos .


Nesta virada de século , vimos surgir em 1884 a FEB , como casa máter do Espiritismo , e em efeito de desdobramento- as ações unificadoras , que começavam a florescer em cada parte da Pátria do Evangelho .


Acontecimentos históricos , impulsionados pela Proclamação da República guardam relação direta com fatos geradores de mobilização de fé .


A reforma da Constituição em 1891 , a primeira Constituição Republicana , dispara uma atmosfera gravíssima em relação a “ emendas religiosas “ . 


Houve um movimento de reação no país inteiro . 


Coligaram-se protestantes de todas as denominações , lojas maçônicas , espíritas de norte a sul e outros credos . 


Todos heterogêneos em crença, mas unos na defesa de um pensamento : derrubar as emendas, no Congresso Nacional .


A Liga Espírita do Brasil , nasce neste momento histórico, e é fundada em 31 de março de 1926 .


Ao longo dos anos , ganha outros nomes, e com a transferência da Capital Federal para Brasília , passa a ser a Liga Espírita do Estado da Guanabara .


Em 1978 teve seu nome alterado para Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro ( FEERJ), sempre mantendo seu legado de promover as ações de difusão doutrinária e unificadoras de um movimento espírita nascente .


Mais tarde esta vocação seria coroada em êxito com a fusão de corações e esforços, unindo-se aos tarefeiros da extinta USEERJ.


Sob os auspícios de nobres espíritos espíritas , que certamente aplaudiam, e viam seus esforços laureados de sucesso , deu-se o epílogo de um processo de união , dando origem a um órgão único unificador da Doutrina Espírita no Rio de Janeiro , O CEERJ . Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro .


O fato histórico ,de 26 de março de 2006 , deu-se na sede igualmente histórica da FEB na Avenida Passos número 30 palco pretérito de vitórias, dos primórdios do Espiritismo no Brasil .


Naquela data , mais de 500 pessoas compareceram ao evento para a criação de uma federativa única .


A Assembléia Geral Extraordinária , a primeira do CEERJ , efetivou a concretização do antigo sonho de unificação,e graças a um patamar de maturidade , repetiu cenas protagonizadas por confrades missionários do passado : trabalhadores espíritas , que conseguiram atenuar as dissensões esterilizadoras, para se unirem na tarefa impessoal e comum.


A necessidade da educação moral pessoal e coletiva tem sido o escopo das ações do CEERJ .


Como membro integrante do CFN , e entidade federativa estadual , procura somar esforços na consolidação da grande família espírita brasileira .


A tarefa de realizar um permanente contato com os grupos, centros ou sociedades espíritas, promovendo a sua união e integração, é meta primeira , favorecendo consonância aos impositivos maiores do movimento federativo , e da FEB .


Colocar à disposição das casas e núcleos espíritas , sugestões,trabalhos e programas de apoio tem sido os desafios diários , em prol da excelência de atuação , na abrangência do Estado do Rio de Janeiro.





Biografia de Gérson Simões Monteiro , cedida gentilmente pela Rádio Rio De Janeiro.




Gerson Simões Monteiro, nasceu em 29/07/1936, na cidade do Rio de Janeiro. 


Conheceu o Espiritismo na juventude quando participava da Mocidade Espírita Dias da Cruz, em Juiz de Fora (MG). Coordenou, desde 1956, o Grupo Espírita Maria de Nazaré no Hospital Santa Maria (Hospital Estadual), que atende aos portadores de tuberculose e outras doenças infecciosas, em Jacarepaguá (RJ).


Iniciou suas atividades no campo da divulgação do Espiritismo proferindo palestras, que se somaram a outras centenas de palestras nos centros espíritas do Rio de Janeiro e de outras cidades brasileiras, desde sua juventude.


Em 1962 ingressou no Departamento de Assistência ao Presidiário da Instituição Espírita Cooperadoras do Bem “Amelie Boudet”, colaborando, até 1985, como expositor de Doutrina Espírita da Escola “A Caminho da Redenção”, que funcionava no Presídio Milton Dias Moreira, situada na rua Frei Caneca.


Em 1974, em razão de doença coronariana, fez tratamento nas sessões de materialização para assistência aos enfermos, no Grupo Espírita Dias da Cruz, em Caratinga, Minas Gerais. 


Ficou curado, e em 1984, assumiu o cargo de vice-presidente do Grupo por indicação do médium Chico Xavier, do qual era grande amigo, e, nessa condição, passou a dirigir as reuniões de materialização para assistência aos enfermos, até o final de 1993.


De 1984 a 2003 presidiu a União das Sociedades Espíritas do Estado do Rio de Janeiro (USEERJ), atual Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro (CEERJ).


Participou de diversos programas de TV desde 1973. Esteve presente, no período entre 1998 a 2004, no Programa Ecumênico da TV Globo, de abertura diária da programação, em rede nacional, a convite do presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB).


Em 1995, participou do 1º Congresso Mundial Espírita promovido pelo Conselho Espírita Internacional e realizado pela Federação Espírita Brasileira, em Brasília. 


No ano de 1998, participou do 2º Congresso Mundial Espírita, promovido desta vez pela Federação Espírita Portuguesa, em Lisboa, Portugal, onde apresentou o trabalho “A Instituição Espírita no Terceiro Milênio”.


Em 1999, fez parte, também, do 1º Congresso Espírita Brasileiro, em Goiânia, Goiás, como expositor do Seminário “O Movimento Espírita Brasileiro”.


Foi diretor da Fundação Cristã-Espírita Cultural Paulo de Tarso (FUNTARSO), operadora da Rádio Rio de Janeiro, desde 1989, na qual apresentava os programas “Debate na Rio” e “Respondendo aos Ouvintes”, participando também de outros programas.


Trabalhou como relator dos documentos Orientação ao Centro Espírita e Manual de Administração das Instituições Espíritas, publicados pela USEERJ. 


Na USEERJ, coordenou as ações decisivas para o processo de fusão entre as Instituições dos antigos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, isto é, Federação Espírita do Estado da Guanabara e Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro, resultando na criação do CEERJ, Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro.


Gerson Monteiro foi articulista de jornais e revistas desde 1978. 


Assinava, aos domingos, a Coluna Espírita do Blog do Jornal EXTRA, desde 1998. 


Foi autor de 14 livros editados por diversas editoras, cujos direitos autorais transferiu para instituições beneficentes.


Profissionalmente, Gerson Simões Monteiro era formado em Economia, tendo trabalhado no Ministério da Educação e no Banco Nacional de Habitação, encerrando a carreira como consultor do Banco Mundial. 


Foi também professor da Faculdade de Economia da Escola Superior de Administração e Finanças.


Viúvo, teve do seu primeiro casamento, com Janet Mattoso, ao todo 4 filhos e quatro netos. 


Atualmente estava casado, em segundas núpcias, com Maíra Lengruber.


Gerson Monteiro estava exercendo seu terceiro mandato como presidente da FUNTARSO/Rádio Rio de Janeiro, eleito em abril de 2015, tendo sofrido internação hospitalar por conta de um tumor renal no dia 30 de abril de 2016. 


Submetido a cirurgia, ficou sete meses hospitalizado, vindo a falecer por complicações pós-cirúrgicas, no dia 07 de Novembro de 2016, aos 80 anos de idade.


Foram 32 anos dedicados à FUNTARSO/Rádio Rio de Janeiro, como conselheiro, diretor, programador e apresentador, em 60 anos de dedicação integral à divulgação do Espiritismo.


Amigo de todas as horas, irmão dedicado aos necessitados, nunca poupou esforços no campo da caridade.


Ao nosso Presidente Gerson Simões Monteiro, a homenagem, num preito de gratidão, dos diretores, funcionários e colaboradores voluntários da FUNTARSO/Rádio Rio de Janeiro.



A esse companheiro, que em várias ocasiões esteve presente na nossa Instituição / UEAK  nos contemplando com seu profundo conhecimento doutrinário e seus exemplos de vida, a nossa eterna gratidão !


Receba o nosso carinho , gratidão, respeito, admiração acrescido do buquê de flores espirituais!

quinta-feira, 28 de julho de 2016

"Mãe Ritinha" - Rita da Silva Cerqueira




"Mãe Ritinha"

Rita da Silva Cerqueira  



Durante alguns anos trabalhando no programa de Assistência às Gestantes da UEAK junto à saudosa e queridíssima médium Idalina da Costa Veiga,  esta através de sua mediunidade inquestionável pelo seu mediunato, via durante as atividades junto ao grupo de gestantes , esta querida companheira de ideal cristão espírita, já desencarnada, que trazia Espíritos para mais uma experiência reencarnatória. 


A nossa eterna gratidão !!!


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"Mãe Ritinha", como era mais conhecida, por sua bondade incomensurável, era todo amor e ternura.


Além de sua tarefa de amparo a crianças, muitas vezes foi requisitada para apaziguar desentendimentos entre casais e familiares.


Com sua força moral e doçura, tudo voltava às boas.


Era a vitória de uma mulher espiritualizada, que tinha Jesus em seu coração.

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Rita da Silva Cerqueira nasceu no dia 29 de abril de 1888, na cidade de Além Paraíba/MG.


Filha de Manoel Borges da Silva e Dona Maria Saldanha da Silva, e descendente do grande brasileiro Joaquim Saldanha Marinho, advogado de renome, que prestou relevantes serviços ao Brasil, como deputado estadual, senador, escritor e grão mestre da maçonaria.

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Aos nove anos de idade, ficou órfã de pai e foi viver na companhia de sua avo materna  dona Raquel Saldanha marinho, que mestra e educadora na cidade de Além Paraíba.
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Em 1906, aos 18 anos, casou-se com o jovem Francisco Ferreira de Cerqueira, muito prendado e uma alma boníssima que sem sombra de dúvidas, além de grande companheiro, foi o seu verdadeiro anjo de guarda e tutelar. Em 1910, transferiram residência para a cidade de Três Rios/RJ, em virtude de sua profissão oficial das oficinas da Estrada de Ferro Central do Brasil.

Constituíram família de sete filhos valorosos, que só lhes deram alegrias e felicidades.

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Em 1918, foi acometida de séria enfermidade, chegando a ser desenganada por uma equipe médica. Foi curada com passes e água fluidificada, na Casa Espírita de cidade próxima.


Era um caso característico de obsessão.


O espírito foi doutrinado, deixando-a em paz.

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Mãe Ritinha a partir dessa data tomou consciência do bem.


Desabrochou sua mediunidade curadora, atendendo os enfermos, os aflitos, os obsediados.


Seu esposo e toda família lhe deram todo apoio cobrindo-a de carinho fraternal.


Um grupo de amigos lhe proporcionou toda cobertura, facilitando a tarefa.


Alexandre José de Lacerda, Marcelina Chaves, Manoel Gonçalves, Elizer Fonseca, Manoel Pessoa de Campos, entre outros.

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Em 1922, uniram-se as duas Casas Espíritas da cidade de Três Rios.


O Centro Espírita "João Batista" e o Grupo Espírita Fé e Esperança, sendo ela eleita presidente.

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Em 1928, ficou viúva, seu esposo retornou a espiritualidade repentinamente.


Seu filho mais velho contava 15 anos de idade, assumindo a responsabilidade de manter a família.


Mãe Ritinha tinha a profissão de parteira.


Não recebia dinheiro pelo trabalho de parto e aquelas que tinham bom rendimento, ajudavam.


Fez um curso especializando-se e trouxe à vida centenas de reencarnantes, seu estado de saúde precário não lhe causou impedimento de socorrer centenas de parturientes.

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Em 1940 transferiu residência para a maternidade, da qual era diretora.


Fazia questão de contribuir com suas despesas como de sua filha Dalva, que lhe acompanhou.

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Rita da Silva Cerqueira retornou à espiritualidade no dia 06 de abril de 1951, aos 63 anos de idade, deixando muitas saudades e confiante da misericórdia do amantíssimo Pai e Criador, que suas crianças e suas assistidas continuariam amparadas.

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Pela sua vida , obra e dedicação ao bem, “Mãe Ritinha” está no limiar das estrelas.


Que Deus a abençoe!!!




FONTE