domingo, 10 de agosto de 2014

Idalinda de Aguiar Mattos



Idalinda de Aguiar Mattos


Retornou à Espiritualidade no dia 22 de janeiro de 1999, no Hospital da Beneficência Portuguesa, no Catete, onde fora internada em virtude de uma queda com fratura do fêmur, no dia 31 de dezembro de 1998. 


Estava bem melhor, pronta para regressar ao lar, quando foi vítima de uma embolia cerebral, que a levou à desencarnação. 


O enterro de seu corpo ocorreu no Cemitério de São Francisco Xavier no bairro do Caju, com grande acompanhamento. 


Idalinda de Aguiar Mattos nasceu no dia 12 de outubro de 1913, na cidade do Rio de Janeiro. 


Filha de Joaquim Ferreira de Aguiar e D. Isabel Rosa Brandão de Aguiar. 


Realizou apenas o curso primário, na Escola Argentina, em São Cristóvão, porém, era autodidata.


Casou-se, no dia 25 de abril de 1933, com Armando de oliveira Silva Mattos. 


Tiveram apenas um filho, Armando de Aguiar Mattos (médico), já desencarnado. 


Criou vários adotivos. 


Tem dois netos: Mônica e Alexandre. 

Apesar de filha e neta de espíritas, optou pelo Catolicismo. 


Tornou-se espírita porque a sua mediunidade se manifestou em 1931, quando passou a freqüentar um Grupo Espírita Familiar, por dois anos consecutivos. 


Em 1934 (já casada), morando em Nova Iguaçu, iniciou seus estudos doutrinários com o Professor Leopoldo Machado, no Centro Espírita “Fé, Esperança e Caridade”.


Iniciou-se na divulgação radiofônica ao lado de João Pinto de Souza, em 1937, continuando depois com Geraldo de Aquino. 


Com Marília Barbosa e um grupo de abnegadas companheiras fundou, em 1938, em Nilópolis, a Associação Espírita “Seara de Jesus”, onde assumiu o cargo de 1º Tesoureiro.

Com Marília Barbosa e Leopoldo Machado fundou a Instituição “Lar de Jesus”, para meninas órfãs, assumindo o cargo de Secretário.


Em 1941, foi eleita Vice-Presidente do Grupo Espírita “Preito a Jesus”, em Anchieta.


De 1944 a 1945 ocupou o cargo de Presidente do Grupo Espírita “Bezerra de Menezes”, no bairro do Irajá.


Em 1945 fundou a Instituição Espírita “Cooperadoras do Bem Amélie Boudet”, com Jaime Rolemberg de Lima, em Vila Isabel, com finalidade de evangelizar detentos e amparar suas famílias. 


Em 1947 Aurino Barbosa Souto convocou-a para a Diretoria da Liga Espírita do Brasil, onde assumiu a direção do Departamento de Educação da entidade. 


Além das quatro Escolas mantidas pela Liga, tomou a responsabilidade de evangelizar crianças, criando as Aulas de Moral Cristã em diversas Casas Espíritas. 


Mais tarde foi diretora do Departamento de Assistência ao Presidiário da USEERJ (União das Sociedades Espíritas do Estado do Rio de Janeiro).






Escolas Espíritas


Obra de Idalinda de Aguiar De 1956 a 1988, Idalinda de Aguiar Mattos fundou 16 Escolas Espíritas nas Unidades Prisionais sendo 14 no Rio de Janeiro e duas nas cidades de Cuiabá (MT) e Pelotas (RS). 


Em 1967, fundou o “Lar de Amélie Boudet”, para assistir filhos de presidiários. 


Cinco anos depois, o “Lar” sofreria solução de continuidade por absoluta falta de recursos. 


Em 1961 aprendeu o alfabeto Braille, para lecionar nas Unidades Prisionais do Rio de Janeiro, e com a ajuda de seus alunos transcreveu, para a Sociedade de Pró-Livro Espírita em Braille (SPLEB), cerca de 15 obras.


Nesse mesmo período (61-66), foi eleita Secretária da Comissão Bibliográfica da SPLEB. 


Médium consciente de seus deveres, possuía a mediunidade de psicofônica, psicográfica, auditiva e de cura. 


Era muito inspirada quando assumia a tribuna na tarefa do “Ide e Pregai”. 


Escreveu para diversos órgãos da Imprensa Espírita como Mundo Espírita, A Flama Espírita, Correio Fraterno do ABC, Aurora, Pernambuco Espírita, Despertador e tantos outros. 






De sua bibliografia constam: “Fatos e Comentários”, 1955; “A Mulher no Lar e na Sociedade”, 1967; “Conversando com Você”, 1970; “Curas através do Ectoplasma”, 1982. Todos esgotados.






Foi membro do Conselho Superior da Liga Espírita do Brasil, do Solar Bezerra de Menezes e da Fundação Cristã Espírita Cultural “Paulo de Tarso”. 


Um de seus artigos, publicado em Flama Espírita e no jornal O Dia, constou dos Anais da Assembléia Legislativa do antigo Estado da Guanabara. 


Lido e comentado pelo deputado Átila Nunes Filho na Assembléia e publicado no Diário Oficial de novembro de 1972. 


Juntamente com Deolindo Amorim, Antônio Paiva Melo, Ruth Sant’Anna, J. Alves de Oliveira, Carlos de Brito Imbassahy, Alberto de Souza Rocha e muitos outros idealistas, participou da ABRAJEE (Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas), dando o máximo de si. 


No IX Congresso da ABRAJEE apresentou tese, muito aplaudida e aprovada, sobre a promoção do estudo espírita nos estabelecimento penais.


Esteve a serviço da Doutrina em muitas cidades brasileiras. 


Em 4 de maio de 1986, a Instituição “Legionárias de Maria” prestou-lhe significativa homenagem no Dia das Mães, considerando-a a “Mãe do Ano” pelo seu belo e perseverante trabalho de “mãe dos encarcerados”. 


Espírita afeiçoada ao Bem, diligente, honesta, sincera em todas as suas iniciativas, formou em torno de si vasto círculo de amizade e de admiradores da sua obra. 


Além de seu trabalho socorrista, possuía notável capacidade de comunicação na difusão do Espiritismo, por todos os meios e formas. 


Podemos dizer, sem qualquer receio de errar: Idalinda de Aguiar Mattos teve uma vida missionária, toda dedicada aos necessitados em geral, e aos sofredores. (Fonte de pesquisa: Reformador, ano 117, maio de 1999, nº 2042)



Fonte

NÚCLEO ESPÍRITA IRMÃO MAURÍCIO. Disponível em http://www.neim.org.br/index.php/biografias/79-neimcategoriabiografias/160-biografias-idalinda-de-aguiar-mattos. Acesso : 09 AG 2014.


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Dona Idalinda era  amiga da nossa querida e saudosa companheira de ideal espírita , trabalhadora da UEAK Idalina da Costa Veiga, que nos revelou que certa vez Dona Idalinda  veio  à Petrópolis, para ouvir  uma pessoa que havia solicitado tratamento à distância através de ectoplasmia, que era realizado na Instituição Espírita Cooperadoras do Bem Amèlie Boudet, em Vila Isabel/RJ, para consolar pessoalmente essa pessoa necessitada de amparo médico- espiritual, que se encontrava em uma situação limite de sua atual caminhada.


Fica evidente que Dona Idalinda de Aguiar Mattos, foi uma seareira que secou muitas lágrimas e impediu que muitas outras fossem derramadas, exemplificando os ensinamento de Jesus ratificados pelos Espíritos Superiores nas Obras da Codificação.


Que Jesus envolva a ambas, pelas tarefas realizadas na Seara Espírita em prol dos " Companheiros do Caminho".