quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

José Herculano Pires - Marco Antonio Negrão





José Herculano Pires 


Por Marco Antonio Negrão


Nasceu na Freguesia de Rio Novo (atual Avaré/São Paulo), no dia 25 de setembro de 1914, o jornalista, filósofo, educador, escritor, romancista, poeta e tradutor das obras de Allan Kardec, JOSÉ HERCULANO PIRES, completando seu centenário de nascimento, no mês em curso.


Filho do farmacêutico José Pires Correia e da pianista Bonina Amaral Simonetti Pires. 


Fez seus primeiros estudos em Avaré, Itaí e Cerqueira César. 


Revelou sua vocação literária precocemente, pois, aos nove anos escreveu seu primeiro soneto. Aos dezesseis,  publicou seu primeiro livro, Sonhos Azues (contos) e, aos dezoito, o segundo, Coração (poemas livres e sonetos).¹


Tornou-se espírita aos vinte e dois anos, assim descrevendo esse momento:


Eu não queria saber do Espiritismo, que por minha formação considerava um amontoado de superstições. 


Um dia, meu saudoso amigo Dadício de Oliveira Baulet me desafiou a ler O Livro dos Espíritos de Allan Kardec. 


A contragosto aceitei o desafio e o estou lendo e estudando até hoje. Tornei-me espírita pelo raciocínio. Isso ocorreu em 1936…²

Neste mesmo ano, foi eleito presidente do primeiro centro espírita que dois amigos seus fundaram na cidade de Cerqueira César/São Paulo.


Foi secretário do I Congresso Espírita da Alta Paulista (30/3 a 4/4/1936), na cidade de Marília/São Paulo, onde apresentou a tese, aprovada por unanimidade, intitulada O Espiritismo e a Construção de um Mundo Novo – Estabelecimento do Reino de Deus na Terra, que discutia a organização de um amplo movimento social desprovido de qualquer aspecto sectarista, que integrasse pessoas espíritas ou não, com o objetivo único de implantar no mundo os princípios do Reino de Deus contidos no Evangelho. ²


Casou-se com Maria Virgínia de Anhaia Ferraz em dezembro de 1938. 


Conta Heloísa Pires que, aos domingos, seu pai levantava cedo e ia à feira comprar rosas e acordava mamãe com a braçada de flores. 


Virgínia, muito prática, dizia que era tolice, que morreriam logo. Não adiantava, Herculano estava sempre enchendo os vasos com flores.²


Foi um dos fundadores da União Artística do Interior – UAI, em junho de 1932, que promoveu dois concursos literários.


Em outubro de 1946, mudou-se para São Paulo e seu primeiro emprego foi como colaborador efetivo do Jornal Folha da Manhã (atual Folha de São Paulo).


Repórter, redator, secretário, cronista parlamentar e crítico literário dos Diários Associados (Grupo Assis Chateaubriand), exerceu essas funções por cerca de trinta anos.


Autor de oitenta e um livros de Filosofia, Ensaios, História, Psicologia, Pedagogia, Parapsicologia, Romances e Espiritismo, vários em parceria com Chico Xavier, sendo a maioria inteiramente dedicada ao estudo e divulgação da Doutrina Espírita.


Lançou a série de ensaios Pensamento da Era Cósmica e a série de romances e novelas de Ficção Científica Paranormal. Alegava sofrer de grafomania, escrevendo dia e noite. Não tinha vocação acadêmica e não seguia escolas literárias. 


Seu único objetivo era comunicar o que achava necessário, da melhor maneira possível.


Graduado em Filosofia pela USP em 1958, publicou uma tese existencial: O Ser e a Serenidade. 


De 1959 a 1962, exerceu a cadeira de Filosofia da Educação, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara.


Espírita, não poupou esforços na divulgação falada e escrita da Doutrina codificada por Allan Kardec, tarefa essa à qual dedicou a maior parte da sua vida. 


Durante vinte anos manteve uma coluna diária de Espiritismo nos Diários Associados, com o pseudônimo de Irmão Saulo.


Durante quatro anos manteve, no mesmo jornal, uma coluna em parceria com Chico Xavier sob o título Chico Xavier pede Licença.


Em dezembro de 1970, fundou e dirigiu a revista Educação Espírita e Pedagogia,  publicada pela EDICEL – fundada por ele, Frederico Giannini e Júlio Abreu Filho, cujo objetivo era ser um instrumento permanente de ligação entre os núcleos educacionais espíritas, um instrumento de trabalho para a elaboração das coordenadas da pedagogia espírita e uma livre tribuna para o debate de toda a problemática educacional.


Foi membro titular do Instituto Brasileiro de Filosofia, seção São Paulo, onde lecionou Psicologia. Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo de 1957 a 1959 e professor de Sociologia, no curso de Jornalismo, ministrado pelo mesmo Sindicato.


Foi presidente e professor do Instituto Paulista de Parapsicologia. 


Organizou e dirigiu cursos de Parapsicologia para os Centros Acadêmicos da Faculdade de Medicina da USP, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, da Escola Paulista de Medicina e em diversas cidades e colégios do Interior.


Fundou o Clube dos Jornalistas Espíritas de São Paulo, em  23 de janeiro de 1948, que funcionou por vinte e dois anos. 


Foi membro da Academia Paulista de Jornalismo, ocupando a Cadeira Cornélio Pires, em 1964.


Pertenceu à União Brasileira de Escritores, onde exerceu o cargo de Diretor e Membro do Conselho, em 1964.


Foi Chefe do Subgabinete da Casa Civil da Presidência da República no governo Jânio Quadros, em 1961, até sua renúncia.


Em 1954, publicou Barrabás, que recebeu um prêmio do Departamento Municipal de Cultura de São Paulo, constituindo o primeiro volume da trilogia Caminhos do Espírito, completada em 1975, com Lázaro e o romance Madalena.


Traduziu, cuidadosamente, as obras da Codificação Espírita, enriquecendo-as com notas explicativas nos rodapés, traduções doadas a diversas editoras espíritas no Brasil, Portugal, Argentina e Espanha.


Colaborou com Júlio Abreu Filho na tradução da Revista Espírita.


Ao desencarnar, deixou vários originais, que vêm sendo publicados pela editora Paideia,³ fundada em 21 de julho de 1976,  por ele, com o objetivo de publicar obras espíritas que contivessem conceitos kardequianos, em defesa da pureza doutrinária.


No dia 9 de março de 1979, retornou à Pátria Espiritual. Seu corpo foi sepultado no cemitério São Paulo, naquela cidade.



Bibliografia

¹ – Site – http://www.feparana.com.br/biografia.php?cod_biog=163

² – RIZZINI, Jorge; PIRES, J. Herculano. O homem, a vida, a obra. Ed. Paideia







Fonte

MUNDO ESPÍRITA. Disponível em http://www.mundoespirita.com.br/?materia=jose-herculano-pires. Acesso: 19 FEV 2015.






Compromisso Espírita - Mensagem de José Herculano Pires no 15º Congresso Estadual de Espiritismo





Compromisso Espírita


Irmãos Espíritas!


Deus, a Força e a Luz do Universo, nos promova a paz nas realizações do Bem!


O túmulo é o portal revelador de nossos potenciais e no conjunto de valores que formam nossa cultura intelecto-moral, vemo-nos em nossas lutas em substanciosa revisão de nossas prerrogativas...


O Espiritismo – podemos reafirmar em lucidez e já indene das impressões humanas – é a mais sublime síntese dos fundamentos cósmicos que fizeram nascer, na Terra, os exemplos irretocáveis de Jesus, com seu Evangelho de Sabedoria e Amor!


Erramos na marcha do Movimento Espírita; equivocamo-nos ao expressar emoções e indignações a respeito de pessoas e instituições; sabotamos a verdade de Deus quando nos concedemos poderes que tão só existem, reais, nos seres redimidos do materialismo e dos sentimentos convenientes.


Por isso e por dever de consciência espiritual, guardamos no coração a certeza de que a Codificação Espírita é o centro das mais lúcidas e potentes realizações cognitivas – obviamente refinado instrumento filosófico-científico para apreciação ideal e efetiva do Evangelho Cristão.


A filosofia prossegue pelo Infinito, porque se no globo terráqueo a inércia mental e os vícios do comportamento conspurcam, geralmente os quadros da cultura, na Vida Espiritual mais equilibrada, o que se contém no nascedouro espírita, por méritos e trabalho de Allan Kardec, se nos patenteia e a nós descortina facetas e campos de aprendizado, de realizações no eterno dom do Amor.


O que a Revelação dos Espíritos oferece à Humanidade será capaz de inspirar os novos modelos de regeneração humana, desde as escolas elementares às universidades, desde o lar aos templos...


O Espírito da Verdade legou à Família Humana os códigos de sua definitiva emancipação para os mundos do Infinito e nenhuma Entidade Espiritual, por mais evolvida seja, poderá fazer por cada um de nós o dever de esforçar por conhecer e de se disciplinar por aplicar.


Fé e razão, amor e abnegação, esperança e serviço são princípios invioláveis.
Desejando sinceramente que todos nos irmanemos na Luz revelada para as transformações morais do Planeta, registramos o nosso respeito a todos e o êxito de nossas esperanças por uma Terra mais elevada e solidária no Bem!


José Herculano Pires


Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão, dia 29 de abril de 2012, durante o 15º Congresso Estadual de Espiritismo, da USE, em Franca.




Fonte

REDE AMIGO ESPÍRITA. Disponível em http://www.redeamigoespirita.com.br/profiles/blogs/compromisso-espirita-mensagem-de-jose-herculano-pires-no-15o-cong. Acesso: 19 FEV 2015.

Manuel Vianna de Carvalho - Mary Ishiyama





Manuel Vianna de Carvalho


Por Mary Ishiyama


Diz Divaldo Pereira Franco que 1874 [10 de dezembro], setenta anos depois de Allan Kardec, assinala a chegada à Terra de um herói das cruzadas antigas, de um nauta das terras ensanguentadas de Saladino; de um daqueles que foram defender o túmulo vazio de Jesus, mas que, agora, volta para proclamar a indestrutibilidade do Cristo, que não necessitava de um mausoléu, porque a sua mensagem é um poema eterno da imortalidade.1


Manuel Vianna de Carvalho reencarnou na família de Thomaz Antônio de Carvalho e Josepha Vianna em Icó, Ceará.


Com apenas dezessete anos, Vianna contribui para a história das letras do Ceará através da prosa e da poesia, na Escola Militar do Ceará, na qual, juntamente com outros acadêmicos, era responsável pela redação da revista Evolução.


Travando contato com a Doutrina Espírita, deslumbrou-se e estabeleceu na própria Escola um núcleo de estudos espíritas, sendo o seu mais entusiasmado propagandista.


Agigantou-se na divulgação do Espiritismo, após ter-se matriculado no curso superior da antiga Escola Militar da Praia Vermelha, Rio de Janeiro, em 11 de fevereiro de 1895.


Ainda acadêmico da Escola Militar foi transferido para Porto Alegre, em 1896, e ali impulsiona o movimento espírita gaúcho, trabalhando com as lideranças da cidade.


Em 1898, dá início à sua produção literária – Facetas, contos e fantasias. Logo em seguida, publica Coloridos e modulações. 


Retorna para o Rio de Janeiro e retoma as preleções no Centro da União Espírita. 


Em tempos nos quais o Espiritismo apenas engatinhava, o poder de oratória de Vianna facilmente reunia em torno de quinhentas pessoas, que ficavam em pé, nos pequenos auditórios, para ouvir as belezas do seu verbo inflamado.


Em 1905, muda-se para Cuiabá, onde funda o Centro Espírita Cuiabano. Em 1907, retorna ao Rio de Janeiro, entra no curso de Engenharia da Escola do Realengo.


Torna-se orador oficial da Federação Espírita Brasileira, faz viagens a São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo e passa a colaborar com a revista Reformador.


Entre 1910 e 1911 vai para Fortaleza, cria o jornal O combate, órgão de propaganda espírita e maçônica, funda o Centro Espírita Cearense, o jornal O Lábaro, faz divulgações espíritas nos jornais A República e Jornal do Ceará, o que alarma o clero local.


No final de 1911, muda-se para Curitiba. 


Realiza conferências no Teatro Alemão, na sede da Federação Espírita do Paraná e em outras instituições. 


Através do Diário da Tarde publica uma série de artigos doutrinários que tiveram muita penetração.


Retorna para o Rio de Janeiro em 1912. 


Dá inicio ao trabalho de unificação dos grupos espíritas, resultando na fundação da União Espírita Suburbana.


Entre 1913 e 1923 sua vida é uma eterna mudança entre Rio de Janeiro, Maceió, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Pernambuco.


Em 1923, segue para Recife, reorganizando os Centros Espíritas ali existentes, mantendo novas polêmicas com detratores do Espiritismo.


Posteriormente ruma para o Ceará e daí para Sergipe, onde fora designado para o comando do 28º B. C., em 1924. 


Nesse Estado, as atividades do Major Vianna também foram amplas.


Foi ele que, a partir de 1914, encetou uma campanha para a criação, em todos os centros espíritas, de escolas de Doutrina Espírita, destinadas às crianças.


Liderou, no Rio de Janeiro, uma verdadeira cruzada para a criação dessas escolas, na Federação Espírita Brasileira – FEB e no Grupo Discípulos de Samuel.


Em 1926, adoeceu gravemente, ficando decidido o seu recolhimento ao Hospital de S. Sebastião, em Salvador. 


Suas forças estavam periclitantes.


Enfermo, a bordo do navio Íris, pede que cuidem de seu violino, companheiro inseparável. 


Era uma relação de amor a ponto de dedicar-lhe uma prosa: Meu violino!!! – 


Suave companheiro das horas de saudade, só tu adivinhas o arcano da ânsia de infinito que me agita o pensamento. 


Só tu recebes compassivamente as confissões da tristeza de lutar com o tumulto das injustiças humanas… porque possuis o heroísmo da fidelidade! – 


Dileto amigo, segue-me assim os passos no itinerário das renúncias dolorosas. 


E, quando chegar o ponto final – a morte – cala-te para sempre, porque aí estará terminada a tua missão de espargir consolo em muitas horas de meu acerbo exílio nas sombras deste mundo!!!2


Vianna não conseguiu chegar ao destino pois, na altura de Amaralina, desencarnou a bordo. 


Era o dia 13 de outubro. Seu corpo foi dado à sepultura na Bahia.


Da Espiritualidade, Vianna continua espargindo o consolo do conhecimento, inspirando o orador Divaldo Pereira Franco em sua oratória e, através psicografando os livros: À Luz do Espiritismo, Enfoques Espíritas, Médiuns e Mediunidades, Reflexões Espíritas, Atualidade do Espiritismo, Espiritismo e Vida, publicados pela Editora LEAL.




Bibliografia


1 e 2 KLEIN FILHO, Luciano. O tribuno de Icó. Niterói, RJ: Lachâtre, 1999.

3 _____. e CAJAZEIRAS, Francisco. Palavras de Vianna de Carvalho. Fortaleza, CE: FEEC, 1995.

4________. A mensagem eterna de Vianna de Carvalho. São Paulo, SP: DPL, 2002.

5 http://www.divaldofranco.com.br/noticias.php?not=257





Fonte

MUNDO ESPÍRITA. Disponível em http://www.mundoespirita.com.br/?materia=manuel-vianna-de-carvalho. Acesso: 19 FEV 2015.





Vianna de Carvalho e Divaldo Pereira Franco 

Zilda Arns – O amor cristão acima das crenças





Zilda Arns – O amor cristão acima das crenças



A desencarnação da médica Zilda Arns, por ocasião do terremoto que vitimou o povo haitiano, no dia 12 de janeiro do corrente ano, comoveu todo o Brasil.


Tem justas razões o pranto da despedida por quem fez tanto pela Sociedade brasileira, amparando crianças carentes, em sua vitoriosa pastoral.


Zilda Arns foi o testemunho vivo do amor cristão, que transcende os aviltantes limites do preconceito religioso.


Quando Allan Kardec enunciou que o Espiritismo não vinha para acabar com as religiões, mas sim para dar precioso contributo para a melhoria delas, espiritualizando-as, nós, os espíritas, não poderíamos deixar de manifestar nosso reconhecimento por quem serviu a tantos quantos a buscaram e que foram amparados sem distinção de cor, raça, religião e origem.


Seu exemplo, na assistência a centenas de milhares de crianças, em todo o País, frutificou.


Descendente de alemães, tendo mais doze irmãos, abdicou da vocação religiosa, embora de família católica, para formar-se em medicina, que lhe possibilitou maior condição de ajudar o próximo.


Sua vida servirá de inspiração para todos e, em especial, para nós espíritas, que buscamos pensar e agir como Zilda Arns, colocando o amor cristão acima das conveniências da fé.



Fonte

Arthur Lins de Vasconcellos Lopes





Arthur Lins de Vasconcellos Lopes




Nasceu em Teixeira/Paraíba, em 27 de março de 1891.


Ingressou na Federação Espírita do Paraná em 1912, tendo ocupado a presidência em 1916, posteriormente em 1923, 1926 e 1929.


Transferiu-se para o Rio de Janeiro, mas continuou como presidente honorário da Federação.


Em 1950, por meio da psicografia de Chico Xavier, José Lopes Netto, que presidiu a Federação Espírita do Paraná aos 17 anos, agora na Espiritualidade Maior, adverte Lins de Vasconcellos para a grandiosa e inadiável obra da Unificação “para apressar o advento da fase em que vão atuar os Grandes Obreiros, diante dos quais não sou sequer digno de varrer o caminho”.


Pelas mãos do mesmo Chico Xavier, Mariinha, irmã de Lins, revela as razões do seu resgate doloroso nessa existência. 


Ele fora um dos Comandantes das tropas que destruíram a cidade de Albi, na antiga França no século XIII. 


Os albigenses ou cátaros eram cristãos dissidentes do catolicismo.


Atuou decisivamente para a realização do “Pacto Áureo”, assinado na FEB, na então capital do país, Rio de Janeiro, que selaria a pacificação dos ânimos dos espíritos em todo o Brasil. O fato histórico se deu em 5 de outubro de 1949.


Ao lado de Francisco Spinelli, Leopoldo Machado, Campos Vergal, Oswaldo Mello, Antônio e tantos outros dedicados obreiros, organizou a Caravana da Fraternidade, que percorreria quase toda a nossa Nação, pregando a concórdia nos corações.


Em 16 de março de 1941 sofreu violento ataque de angina pectoris que minaria sua saúde, pouco a pouco.


Entregou sua imensa fortuna a João Ghignone e a Abibe Isfer para administrá-la em favor das obras da educação e da assistência social.


Essa atitude de elevada consciência cristã e de desprendimento permitiria a Federação Espírita do Paraná realizar suas expressivas tarefas como hoje se conhece.


A terrível e dolorosa doença o levaria a desencarnação em 21 de março de 1952.



Fonte


MUNDO ESPÍRITA. Disponível em http://www.mundoespirita.com.br/?materia=arthur-lins-de-vasconcellos-lopes-2. Acesso: 19 FEV 2015.










O Túmulo de Lins e Vasconcelos 



Doador do terreno e financiador da construção do Hospital, Artur Lins de Vasconcelos Lopes (Paraíba – 1891 — São Paulo, – 1952), por expressa disposição, foi enterrado no jardim da frente do Hospital. 


Dias antes de morrer, ele mandou um telegrama de S.Paulo, para o seu amigo João Ghignone, remetendo 100 contos de réis para um Lar de Paranaguá e informando sobre seu precário estado de saúde, advertindo que, em caso de desenlace, inumassem seu corpo nos jardins do Sanatório Bom Retiro. 


Sua vontade foi cumprida, mas não se sabe, agora, para onde irão seus restos mortais. 


Infelizmente o Hospital foi vendido apesar dos protestos e a transferência dos despojos fúnebres, seja como for que ocorra, certamente nunca estará à altura da memória do homem que  fez as seguintes vultosas doações.


Lins de Vasconcellos: alma generosa e de larga visão.




Lins, um homem despojado

1. Doou o terreno e financiou a construção do Hospital, avaliado hoje em mais de 50 milhões;


2. Doou o terreno e financiou a construção do Colégio Lins de Vasconcellos (arrendado à OPET), avaliado em 20 milhões;


3. Doou o terreno e financiou a construção do Lar Icléia, avaliado em 14 milhões;


4. Doou o terreno da Federação Espírita do Paraná, da Sede Histórica, Sede Administrativa, Escola Profissional e CEI Bezerra de Menezes, complexo estimado em 20 milhões;


No Jardim Social

Das diversas entidades de socorro aos necessitados existentes em Curitiba, a Federação Espírita do Paraná deve ter sido a mais bem aquinhoada com enormes doações de imóveis. 


Além dos citados, Lins de Vasconcellos  – como que antevendo a valorização da área – doou também  para a FEP 275 mil m2 de terrenos no Jardim Social/Bacacheri, Curitiba, estimados em mais de R$ 20 milhões.


Para respeitar a memória de Lins e Vasconcelos, dizem espíritas esclarecidos, o Hospital jamais poderia ter sido vendido. 

E acrescentam: “que agora se faça a exumação e traslado dos restos mortais com todo o respeito que sua memória exige”.



Fonte

MURÁ, Aroldo.ICNEWS. Disponível em http://www.icnews.com.br/2012.04.05/colunistas/aroldo-mura/em-meio-a-protestos-hospital-espirita-prepara-3-enderecos/. Acesso: 19 FEV 2015.