Idalinda de Aguiar Mattos
Retornou à Espiritualidade no dia 22 de janeiro de 1999, no
Hospital da Beneficência Portuguesa, no Catete, onde fora internada em virtude
de uma queda com fratura do fêmur, no dia 31 de dezembro de 1998.
Estava bem
melhor, pronta para regressar ao lar, quando foi vítima de uma embolia
cerebral, que a levou à desencarnação.
O enterro de seu corpo ocorreu no
Cemitério de São Francisco Xavier no bairro do Caju, com grande acompanhamento.
Idalinda de Aguiar Mattos nasceu no dia 12 de outubro de 1913, na cidade do Rio
de Janeiro.
Filha de Joaquim Ferreira de Aguiar e D. Isabel Rosa Brandão de
Aguiar.
Realizou apenas o curso primário, na Escola Argentina, em São
Cristóvão, porém, era autodidata.
Casou-se, no dia 25 de abril de 1933, com Armando de
oliveira Silva Mattos.
Tiveram apenas um filho, Armando de Aguiar Mattos
(médico), já desencarnado.
Criou vários adotivos.
Tem dois netos: Mônica e
Alexandre.
Apesar de filha e neta de espíritas, optou pelo Catolicismo.
Tornou-se espírita porque a sua mediunidade se manifestou em 1931, quando
passou a freqüentar um Grupo Espírita Familiar, por dois anos consecutivos.
Em
1934 (já casada), morando em Nova Iguaçu, iniciou seus estudos doutrinários com
o Professor Leopoldo Machado, no Centro Espírita “Fé, Esperança e Caridade”.
Iniciou-se na divulgação radiofônica ao lado de João Pinto
de Souza, em 1937, continuando depois com Geraldo de Aquino.
Com Marília
Barbosa e um grupo de abnegadas companheiras fundou, em 1938, em Nilópolis, a
Associação Espírita “Seara de Jesus”, onde assumiu o cargo de 1º Tesoureiro.
Com Marília Barbosa e Leopoldo Machado fundou a Instituição “Lar de Jesus”,
para meninas órfãs, assumindo o cargo de Secretário.
Em 1941, foi eleita
Vice-Presidente do Grupo Espírita “Preito a Jesus”, em Anchieta.
De 1944 a 1945
ocupou o cargo de Presidente do Grupo Espírita “Bezerra de Menezes”, no bairro
do Irajá.
Em 1945 fundou a Instituição Espírita “Cooperadoras do Bem Amélie
Boudet”, com Jaime Rolemberg de Lima, em Vila Isabel, com finalidade de
evangelizar detentos e amparar suas famílias.
Em 1947 Aurino Barbosa Souto
convocou-a para a Diretoria da Liga Espírita do Brasil, onde assumiu a direção
do Departamento de Educação da entidade.
Além das quatro Escolas mantidas pela
Liga, tomou a responsabilidade de evangelizar crianças, criando as Aulas de
Moral Cristã em diversas Casas Espíritas.
Mais tarde foi diretora do
Departamento de Assistência ao Presidiário da USEERJ (União das Sociedades
Espíritas do Estado do Rio de Janeiro).
Escolas Espíritas
Obra de Idalinda de Aguiar De 1956 a 1988, Idalinda de
Aguiar Mattos fundou 16 Escolas Espíritas nas Unidades Prisionais sendo 14 no Rio de
Janeiro e duas nas cidades de Cuiabá (MT) e Pelotas (RS).
Em 1967, fundou o
“Lar de Amélie Boudet”, para assistir filhos de presidiários.
Cinco anos
depois, o “Lar” sofreria solução de continuidade por absoluta falta de
recursos.
Em 1961 aprendeu o alfabeto Braille, para lecionar nas Unidades
Prisionais do Rio de Janeiro, e com a ajuda de seus alunos transcreveu, para a
Sociedade de Pró-Livro Espírita em Braille (SPLEB), cerca de 15 obras.
Nesse mesmo período (61-66), foi eleita Secretária da
Comissão Bibliográfica da SPLEB.
Médium consciente de seus deveres, possuía a
mediunidade de psicofônica, psicográfica, auditiva e de cura.
Era muito
inspirada quando assumia a tribuna na tarefa do “Ide e Pregai”.
Escreveu para
diversos órgãos da Imprensa Espírita como Mundo Espírita, A Flama Espírita,
Correio Fraterno do ABC, Aurora, Pernambuco Espírita, Despertador e tantos
outros.
De sua bibliografia constam: “Fatos e Comentários”, 1955; “A Mulher no
Lar e na Sociedade”, 1967; “Conversando com Você”, 1970; “Curas através do
Ectoplasma”, 1982. Todos esgotados.
Foi membro do Conselho Superior da Liga Espírita do Brasil,
do Solar Bezerra de Menezes e da Fundação Cristã Espírita Cultural “Paulo de
Tarso”.
Um de seus artigos, publicado em Flama Espírita e no jornal O Dia,
constou dos Anais da Assembléia Legislativa do antigo Estado da Guanabara.
Lido
e comentado pelo deputado Átila Nunes Filho na Assembléia e publicado no Diário
Oficial de novembro de 1972.
Juntamente com Deolindo Amorim, Antônio Paiva
Melo, Ruth Sant’Anna, J. Alves de Oliveira, Carlos de Brito Imbassahy, Alberto
de Souza Rocha e muitos outros idealistas, participou da ABRAJEE (Associação
Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas), dando o máximo de si.
No IX
Congresso da ABRAJEE apresentou tese, muito aplaudida e aprovada, sobre a
promoção do estudo espírita nos estabelecimento penais.
Esteve a serviço da Doutrina em muitas cidades brasileiras.
Em 4 de maio de 1986, a Instituição “Legionárias de Maria” prestou-lhe
significativa homenagem no Dia das Mães, considerando-a a “Mãe do Ano” pelo seu
belo e perseverante trabalho de “mãe dos encarcerados”.
Espírita afeiçoada ao
Bem, diligente, honesta, sincera em todas as suas iniciativas, formou em torno
de si vasto círculo de amizade e de admiradores da sua obra.
Além de seu
trabalho socorrista, possuía notável capacidade de comunicação na difusão do
Espiritismo, por todos os meios e formas.
Podemos dizer, sem qualquer receio de
errar: Idalinda de Aguiar Mattos teve uma vida missionária, toda dedicada aos
necessitados em geral, e aos sofredores. (Fonte de pesquisa: Reformador, ano
117, maio de 1999, nº 2042)
Fonte
NÚCLEO ESPÍRITA IRMÃO MAURÍCIO. Disponível em http://www.neim.org.br/index.php/biografias/79-neimcategoriabiografias/160-biografias-idalinda-de-aguiar-mattos. Acesso : 09 AG 2014.
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Dona Idalinda era amiga da nossa querida e saudosa companheira de ideal espírita , trabalhadora da UEAK Idalina da Costa Veiga, que nos revelou que certa vez Dona Idalinda veio à Petrópolis, para ouvir uma pessoa que havia solicitado tratamento à distância através de ectoplasmia, que era realizado na Instituição Espírita Cooperadoras do Bem Amèlie Boudet, em Vila Isabel/RJ, para consolar pessoalmente essa pessoa necessitada de amparo médico- espiritual, que se encontrava em uma situação limite de sua atual caminhada.
Fica evidente que Dona Idalinda de Aguiar Mattos, foi uma seareira que secou muitas lágrimas e impediu que muitas outras fossem derramadas, exemplificando os ensinamento de Jesus ratificados pelos Espíritos Superiores nas Obras da Codificação.
Que Jesus envolva a ambas, pelas tarefas realizadas na Seara Espírita em prol dos " Companheiros do Caminho".
Um comentário:
Meu nome é Sandra Neri, filha de Luiz Mário Neri que conheceu dona Idalina e sempre ouvi ele falar muito bem dessa mulher. Eu realmente não conhecia a biografia dela. Com certeza ela foi uma mulher que mesmo sem ter estudado na escola do homem, ela era um ser humano muito graduado na escola da espiritualidade.
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